O Instituto Vaz Serra (IVS) de Cernache do Bonjardim concretizou mais um sonho. Este tinha dois anos e materializou-se na inauguração da Biblioteca Escolar Manuel António Pina, esta tarde, dia 11 de dezembro. A funcionar onde antigamente eram os serviços administrativos, este novo espaço é mais amplo e acolhedor e alberga ainda o Centro de Apoio às Aprendizagens. Neste dia foi também assinado o protocolo de integração desta biblioteca na Rede de Bibliotecas Escolares da Sertã.
Como qualquer local que tenha livros, este espaço ajudará a manter viva a alma, tanto da escola como dos alunos, descreveu António Lagoa, diretor pedagógico do IVS:
A escola dá os alicerces para que cada aluno tenha um futuro o melhor possível e o acesso aos livros ajuda nesse processo, complementou António Lagoa.
O livro e a leitura servem para abrir horizontes e observar de forma diferente o que nos rodeia. Foi esta a aprendizagem de Sónia Gama, da direção do IVS, quando começou a requisitar livros na escola que frequentou. Esta responsável era hoje uma pessoa feliz. O sonho concretizou-se e vai beneficiar os alunos da escola.
O facto desta biblioteca fazer parte da Rede de Bibliotecas Escolares da Sertã é também uma mais-valia e é um passo que abre outros horizontes. Sónia Gama aproveitou para anunciar que a escola vai ter um Centro Tecnológico Especializado.
Para Carlos Miranda, presidente da Câmara Municipal da Sertã e antigo diretor daquele estabelecimento de ensino, este ato inaugural representa o bom caminho que a escola está a fazer, através da leitura de livros tradicionais, que descreveu como fundamental para o desenvolvimento dos alunos e da sociedade. Para o autarca é assim importante que os alunos continuem a ter contacto com o livro tradicional pois quando se lê num livro em papel há “tempo para pensar, relacionar, viajar e aprender de forma mais profunda”.
O referido bom caminho que o IVS está a percorrer é também visível no futuro Centro Tecnológico Especializado que vai permitir um investimento de mais de um milhão de euros. Mas uma escola não se faz só com o futuro. Para crescer tem de ter o seu passado e a sua história bem enraizados. Dar o nome de um antigo aluno à biblioteca é uma forma de valorizar quem por ali passou, de passar esse valor para quem aqui estuda e também de ir buscar a história desta escola.
Carlos Miranda reforçou a ideia de que o Município aposta na leitura, quer através da Maratona de Leitura, quer de outras atividades desenvolvidas pela biblioteca municipal, pelas bibliotecas escolares ou através da Biblioandante.
Passar a fazer parte da rede de bibliotecas escolares significa que todas as bibliotecas estão integradas e que todas podem aceder ao acervo umas das outras e beneficiar de atividades comuns. A biblioteca deixa, assim, de ficar fechada num edifício e alarga-se a todas as bibliotecas do município e nacionais.
No final desta cerimónia inaugural houve ainda tempo para uma sessão com o contador de histórias Jorge Serafim.